Após os dois eventos mais importantes do ano para o Bitcoin (BTC) – o lançamento dos ETFs (fundos de índice) americanos e o halving –, a criptomoeda iniciou forte queda e registrou 15% de perdas em abril, seu pior desempenho mensal desde a falência da FTX, em novembro de 2022. Ainda assim, analistas seguem otimistas para o longo prazo e mantêm recomendação para a criptomoeda no mês de maio.

Nove casas de análise consultadas pela reportagem sugerem manter a maior moeda digital do mercado na carteira deste mês, contra sete no mês anterior. No total, 20 criptoativos foram citados, mas apenas aqueles com mais de dois votos entraram na lista.

Veja 6 criptomoedas mais recomendadas por especialistas para o mês de maio:

Bitcoin (BTC)

Valter Rebelo, head de ativos digitais da Empiricus Research, disse que após o halving, atualização que ocorreu neste mês e cortou pela metatade a nova emissão da criptomoeda, o Bitcoin ganhou ganhou ainda mais notoriedade dentro e fora do mundo de ativos digitais, atraindo novos investidores e beneficiando o ecossistema inteiro.

Além disso, falou, com o saldo do Tesouro dos Estados Unidos subindo e a liquidação de títulos de dívida do país prestes a chegar, espera-se um aumento na liquidez que deve beneficiar a cripto. “Em suma, esperamos que esse ativo tenha um bom desempenho neste ciclo, especialmente por ser o único que, por enquanto, possui interesse e distribuição entre investidores institucionais ao redor do mundo”.

Stacks (STX)

A Stacks é uma plataforma que permite o desenvolvimento de aplicativos descentralizados e smart contracts (contratos inteligentes, em português) na própria rede do Bitcoin. “O sucesso da Stacks está diretamente ligado ao êxito do Bitcoin. Dada a sua menor capitalização, aliada à usabilidade que emprega para o BTC como plataforma tecnológica, ela tem um potencial de crescimento superior ao do próprio Bitcoin”, disse Luiz Pedro, especialista em cripto da Nord Research, em relatório.

Ethereum (ETH)

O Ethereum ainda é a principal plataforma para a criação e execução de smart contracts, aplicativos descentralizados e tokens personalizados, segundo especialsitas. Além disso, há discussões nos EUA sobre o lançamento de ETFs (fundos de índice) com exposição ao Ether. Pedro Gutierrez, diretor regional da América Latina da CoinEx, disse ainda que a média móvel exponencial do preço do Ether está se estabilizando e que uma quebra acima do patamar atual sinalizaria o fim da correção. No último mês, o ativo caiu -10,40%.

Solana (SOL)

Apesar de problemas de congestionamento neste mês, já resolvidos de forma paliativa, a Solana vem performando muito bem desde o final do ano passado, segundo Rony Szuster, analista de research do MB. Além disso, o projeto cripto está com um ecossistema bem aquecido, principalmente por causa da narrativa das memecoins (criptomoedas baseadas em meme) e dos airdrops (distribuição gratuita de criptomoedas). “Então estamos bullish (otimistas) no ecossistema da Solana”, falou.

Ronin (RON)

A Ronin, uma blockchain direcionada para games, é a segunda maior rede do segmento de jogos descentralizados, atrás apenas da Immutable (IMX), que apareceu na carteira cripto de fevereiro. No entanto, explicou Erich Marinelli, analista de criptomoedas da Genial Investimentos, ela é o ecossistema com o maior números de usuários ativos diários, indicador que realmente importa. “Assim, a Ronin mantendo a liderança nos usuários, com lançamentos, parcerias e títulos relevantes, acredito que a moeda tem espaço para andar e, pelo menos, chegar ao maior concorrente”.

Lido DAO (LDO)

É uma solução de finanças descentralizadas (DeFi) por meio da qual os usuários podem participar do staking (processo de renda passiva) do Ethereum sem precisar bloquear permanentemente seus fundos. “Essa criptomoeda tem mostrado potencial, visto que ela já possui mais de US$ 30 bilhões de TVL (sigla em inglês para total de ativos bloqueados)”, disse a equipe de research da Coinext.

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