O Irã está preparado para diminuir as tensões com Israel, desde que o país de Benjamin Netanyahu concorde em interromper novos movimentos militares contra os interesses de Teerã, disse o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, nas Nações Unidas.

“A legítima defesa e as contramedidas do Irã foram concluídas”, disse Amirabdollahian ao Conselho de Segurança da ONU na quinta-feira (18). Israel “deve ser compelido a parar qualquer aventureirismo militar adicional contra nossos interesses”. Caso contrário, disse ele, o Irã “dará uma resposta decisiva e adequada” que fará Israel “se arrepender de suas ações”.

Amirabdollahian disse que o ataque com mísseis e drones do Irã contra Israel no fim de semana foi “limitado e mínimo”, visando apenas bases militares. Foi em resposta a um ataque israelense anterior a uma instalação do consulado iraniano na Síria, disse ele. Mas as autoridades israelenses prometeram responder ao ataque iraniano, embora a grande maioria dos mísseis e drones recebidos tenha sido interrompida por Israel e aliados, incluindo EUA e Reino Unido.

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Amirabdollahian se juntou a ministros das Relações Exteriores de países como Jordânia, Brasil e Espanha em um debate de alto nível sobre o Oriente Médio horas antes de uma votação planejada do Conselho de Segurança sobre a tentativa da Palestina de se tornar membro de pleno direito da ONU. Mesmo que essa medida atraia apoio, espera-se que os EUA a vetem.

A primeira visita de Amirabdollahian a Nova York desde a escalada de tensões com Israel provocou angústia nos EUA, com um parlamentar republicano pedindo nesta semana que o Departamento de Estado revogue seu visto. O porta-voz do departamento, Matthew Miller, disse que os movimentos do iraniano seriam estritamente limitados e “não esperaria vê-lo, por exemplo, tirando selfies no topo do Empire State Building”.

No início do debate, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse ao conselho que o Oriente Médio “está no fio da navalha”, dizendo que a região só pode encontrar uma paz duradoura quando houver uma resolução para o conflito Israel-Palestina.

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